Reeduque seu cérebro, remodele seu corpo!

Perda de peso é uma questão de entendermos como nosso cérebro funciona e o que nos faz sentir vontade de comer. Trata-se também de analisarmos como a indústria alimentícia trabalha para que consumamos mais e mais comida, indo além do que precisamos.

Por Georgia D. Andrianopoulos.

“Se você quer perder o excesso de peso para sempre e remodelar seu corpo, provavelmente é melhor esquecer tudo o que sabe sobre excesso de comida e ganho de peso”. A dica, acreditem, é certa, e pertence à Georgia D. Andrianopoulos, autora de Retrain Your Brain, Reshape Your Body (Reeduque seu Cérebro, Remodele seu Corpo).

Georgia D Andrianopoulos é Ph.D, além de ser uma psicóloga fisiológica com mais de 17 anos de experiência no campo da auto-regulação alimentar e perda de peso. É também diretora dos Centros de Treinamento de Boa Forma Cerebral em Chicago, nos Estados Unidos.

A autora conta: “Escrevi este livro para lhe fornecer um início de um novo caminho para seguir, longe do que percebo como abordagens ultrapassadas, irracionais, ineficientes, prejudiciais e até mesmo desumanas de gerenciamento de peso”.

Perda de peso é ainda uma questão de comer menos e exercitar-se mais, de consumir menos calorias e queimá-las de forma eficiente. “Você pode entrar numa dieta atrás da outra, talvez já o tenha feito, e são grandes as possibilidades de que você recuperará qualquer peso que perca.”

Qual é o motivo? A dieta ataca somente os sintomas do seu problema de peso, não a causa.

Para sair dessa, você terá que reeducar o seu cérebro. Preste atenção naquilo que te faz comer! Praticamente todo mundo come por motivos que não têm nada a ver com a fome!

Estar acima do peso é um sintoma de um cérebro preguiçoso ou de uma interrupção na capacidade de seu cérebro regular funções e sistemas essenciais, incluindo aquelas responsáveis pelo ato de comer e controle do peso.

Quando o cérebro está num estado de desregulação, ele se comporta de forma análoga àquela quando você está atrasado: começa a tentar compensar, roubando o tempo de alguém para poder atender o outro.

Se o seu cérebro não está fluindo bem ou está oscilando, seu desempenho também sofre. Assim, por exemplo, o cérebro pode perder a capacidade de reconhecer e manter um peso saudável . E aí você vai em frente e devora um pacote de batatas fritas em questão de minutos, enquanto o seu bom senso observa tudo isso horrorizado!…

Mas afinal, por que e como ocorre essa desregulação no seu cérebro?

Pode ser que o seu cérebro tenha sido programado para comer demais pelo estado nutricional de sua mãe, antes de você nascer!

No entanto, seus padrões alimentares ─ o quanto você come, os tipos de comida que você deseja ─ continuaram a ser construídos durante a sua infância e ao longo de sua vida.

Os alimentos que você come hoje, juntamente com suas experiências emocionais e bem-estar físico, determinam o que e quanto de comida você almejará amanhã!

A boa notícia é que o cérebro é um órgão brilhante que está sempre aprendendo e se reconectando. Então, o que você assimilou com anos de hábitos alimentares ruins ou inapropriados, pode ser desfeito reeducando-o em outra direção.

Um cérebro equilibrado faz com que você se sinta melhor, quando está comendo de forma saudável. Parece simples, e é! Porém, simples não quer dizer exatamente que é fácil.

Contra-ataquereeduque seu cerebro2 300x264 Reeduque seu cérebro! Remodele seu corpo

Georgia D. Andrianopoulos, desenvolveu o programa de Treinamento de Desempenho Ótimo (TDO), que consta de um conjunto de exercícios para o cérebro que se concentre na perda de peso.

Os exercícios são projetados para impulsionar o desempenho global do cérebro, e têm como alvo áreas que são especialmente importantes para a regulação da alimentação e do peso.

Esse treinamento ocorre em três etapas:

1ª Etapa Descobrir

Nesse primeiro estágio é imprescindível identificar e analisar a própria oscilação pessoal e entender como ela afeta sua alimentação.

Existe um “cérebro alimentar”, ou seja, um conjunto de estruturas e processos, acionamentos e mecanismos do cérebro que regulam o nosso núcleo de alimentação: com que frequência buscamos comida.

O cérebro alimentar de uma pessoa normal com um peso médio é acionado cerca de três vezes ao dia. Mas, para muitas pessoas, ele é acionado por desequilíbrios, várias vezes ao dia (mais de três).

O resultado é que elas se encontram em modo de alimentação quase constantemente.

2ª Etapa Reestruturar

Aí, busca-se analisar de onde vem a oscilação, começando a olhar para a alimentação de uma forma totalmente nova.

Reestruturar permite que você veja as verdadeiras causas do seu excesso de comida, de modo a mudar seus esforços e encontrar soluções para o seu problema de ansiedade.

3ª Etapa Reeducar

Nesse estágio a pessoa precisa fazer a “malhação” para levar o seu cérebro ao desempenho ótimo, de forma que ele procure sempre o equilíbrio na vida saudável.

Reprogramar ajuda você a prever e prevenir as situações que fazem com que você coma demais, regulando e equilibrando seu cérebro, tornando-o mais poderoso e dinâmico, como pretendia a natureza.

Fonte: DVS Editora

Compulsão.

Comer de maneira desmedida, gastar demais, ser obcecado pela própria aparência, passar dias à frente do computador. Comportamentos associados ao estilo de vida agitado e competitivo que se leva nas grandes cidades precisam de atenção: podem ser considerados doença, conhecidos como compulsão.

A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo sofram com a doença. A compulsão é considerada o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população. Até o ano 2020, os transtornos ligados à compulsão estarão entre as 10 causas mais importantes de comprometimento por doença.

Os especialistas afirmam que tais cenários são consequência da sensação de aprisionamento do homem, que precisa seguir regras rígidas no trabalho e em casa para atender aos códigos sociais. A compulsão é uma tentativa de recuperar a autonomia.

Pode ser por jogos, compras, tratamentos estéticos, comida. Enfim, tudo! Entenda o problema e veja como deve ser combatido segundo informações da psicóloga clínica, psicanalista e especializada em psicologia hospitalar Cynthia Bezerra, do médico especialista em Nutrologia Cristiano Merheb, e do cirurgião plástico Gustavo Merheb.

1) A compulsão e as questões das dependências representam tentativa de diminuir os níveis de ansiedade por meio da obtenção do prazer imediato. “A todos nós sempre faltará algo. Não se pode ter tudo, ser tudo ou experimentar o tempo todo sensações de bem-estar e de completude. O dependente acaba se utilizando de atos compulsivos para preencher essa falta, esse vazio porque, na verdade, não consegue lidar com a falta e o vazio”, disse Cynthia. Segundo ela, muitos desses comportamentos são moldados prioritariamente na infância.

2) Praticar atividades que dão prazer é saudável. O problema é quando a busca de prazer se torna tão imperativa que a pessoa perde o controle. Falsamente tachadas como excêntricas ou irresponsáveis, pessoas que agem dessa forma são, na verdade, portadoras do que os especialistas chamam de transtornos da impulsividade.

3) Nem sempre o problema é encarado como negativo, pois geralmente os compulsivos são pessoas perfeccionistas, severas e rígidas. Perante os colegas, no entanto, parecem criativas e dinâmicas. “Por isso muitas se destacam e são líderes em seu meio. Possuem enorme poder de persuasão e processam informações com uma rapidez invejável”, afirmou Cynthia.

4) As compulsões são divididas em dois polos. O compulsivo que engloba transtornos do comer sem parar, da hipocondria, do alcoolismo etc. Nesses casos o sujeito busca a fuga do risco, do sofrimento e da angústia. O outro grupo é o impulsivo, caracterizado pelo jogo patológico, a compulsão sexual e a compra compulsiva. Nesses casos, o indivíduo busca o risco e, com ele, o prazer imediato.

5) Mesmo que os atos resultem em arrependimento posterior, a pessoa volta a cometer a compulsão.

6) O tratamento é feito por meio da psicoterapia e de remédios. O primeiro passo é a pessoa reconhecer que sofre do transtorno e depois a busca da origem do problema e seu tratamento. Alto nível de ansiedade e baixa auto-estima são sempre características do paciente compulsivo.

7) Segundo o médico Cristiano Merheb, especialista em Nutrologia, cerca de 75% das pessoas que estão acima do peso sofrem de compulsão alimentar. A síndrome, também conhecida como binge eating, faz com que a pessoa não coma para saciar a fome física, mas sim por impulso. Durante os ataques de binge, o compulsivo alimentar chega a ingerir até 10 mil calorias em uma única refeição.

8 ) Na compulsão alimentar, a pessoa perde o controle sobre a decisão de comer ou não e sofre muito por não conseguir reagir diante do impulso.

9) Passar horas pensando na própria imagem e sofrendo com a aparência retratam o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC). O principal sentimento dos pacientes é o da angústia e a pessoa sente vontade de se esconder e de não ser visto. E não adianta lançar mão de tratamentos estéticos, pois nada ajuda a superar a sensação. “O papel dos profissionais que lidam com a beleza é muito importante. Cabe a ele julgar se aquela pessoa tem noção do próprio corpo, se ela compreende o que quer fazer. Se a pessoa procura o irreal, é importante ela ser esclarecida. É preciso conduzir a pessoa ao reencontro com sua própria personalidade”, disse o cirurgião plástico Gustavo Merheb.

10) Profissionais enfrentam um problema comum ao lidar com a questão da dependência ou compulsão: o fato de ser visto como falta de caráter ou fraqueza de personalidade da pessoa. “Apesar dos esforços da comunidade científica em reverter essa apreciação do problema, ela permanece e somente piora o acesso dos dependentes a um tratamento adequado”, disse a psicóloga Cinthya Bezerra.

Por Michelle Achkar

Fonte: Uma Futura Magra

Você é e será o que você come

Não, não é força de expressão. Absolutamente tudo que você consome influencia sua saúde e aparência. Se a alimentação não anda lá muito equilibrada, vale repensar agora o cardápio diário. Sempre é tempo de mudar os hábitos para viver mais e melhor:

Cada uma de nossas células exige suprimento constante para funcionar com perfeição. Se nutridas corretamente, elas mantêm o corpo a todo vapor. “No entanto, ingerir em excesso açúcar, gordura e produtos ricos em corantes e conservantes leva ao acúmulo de toxinas, o que prejudica o organismo e causa doenças como diabetes e obesidade”, afirma a nutricionista Lara Natacci, de São Paulo.

Evite dietas restritivas, que alteram o metabolismo, fazendo o corpo diminuir o gasto energético para se adaptar à menor oferta de comida. Além disso, quem só se preocupa em contar calorias pode acabar comendo mal e colocando a saúde em risco. “A pessoa até vê o corpo mais magro no espelho, mas nota que o cabelo e a pele estão sem viço. Gripes e outras doenças também se tornam constantes”, completa Ruth Clapauch, vicepresidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), no Rio de Janeiro.

Controle necessário! O sal é um bom exemplo disso: abusar dele no jantar é suficiente para nos fazer acordar no dia seguinte inchadas. “A médio prazo, esse mau hábito causa hipertensão e favorece a eliminação de cálcio pela urina – o que, mais tarde, pode resultar em cálculo renal”, diz a nutricionista Flávia Bulgarelli, de São Paulo. Mas a solução não é cortar o tempero da sua vida. Afinal, sal contém cloro, iodo e sódio, que evitam o acúmulo de gordura e melhoram a digestão, além de auxiliar as células a absorver os nutrientes e equilibrar os níveis de fluidos corporais. “Limite o consumo de sal a 6 gramas por dia. Na prática, use 1 colher (chá) rasa no preparo da comida e verifique no rótulo dos pratos prontos se o produto traz, no máximo, 80 miligramas de sal a cada 100 gramas do alimento.”

Para tirar a prova de que está no caminho certo, faça um diário alimentar: anote tudo o que comeu, o que estava fazendo naquele momento e o que sentiu. Mas tudo mesmo, inclusive a mordida no sanduíche da amiga ou a colherada na papinha do filho. “Assim você identifica os erros, define objetivos e aprende a fazer boas escolhas. E isso é essencial, já que grande parte do consumo de alimentos não saudáveis é uma reação descuidada e pouco tem a ver com a fome”, diz a nutricionista Gillian McKeith, autora de A Dieta Definitiva – Você É o Que Você Come (Ed. Alegro). Depois de uma semana, leia o diário e faça os ajustes para esbanjar saúde, energia e beleza em todas as fases da vida.

Fonte: Revista Cláudia