Comendo sem culpa!

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Devorar uma caixa de bombons, se render a mais de uma fatia daquele bolo de festa ou repetir uma, duas, três rodadas de chope no happy hour com as amigas. Quantos delitos desses você já cometeu e se sentiu culpada depois? “O sentimento também vem carregado de frustração por não conseguir cumprir uma meta”, afirma Sidney Chioro, neuropsiquiatra (SP).

Acontece que o que deveria ser encarado como um sinal de alerta acaba supervalorizado por muita gente. Decepcionadas por terem extrapolado os limites, essas pessoas se sentem derrotadas e decidem descontar a tristeza na comida. Resultado: a autoestima vai lá para baixo e o ponteiro da balança, para cima. “Para dar um basta neste comportamento, é preciso aceitar que assim como qualquer outra pessoa, você comete deslizes. Porém, esses erros podem e devem ser perdoados. Uma boa saída é adotar a lei da compensação com disciplina, mas sem paranoias”, ensina o especialista.

Se você faz parte do grupo de mulheres que vivem se deparando com o sentimento de frustração, e por isso estacionam no meio do caminho, chegou a hora de virar o jogo de vez. Saiba identificar a sua real parcela de culpa e aprenda a lidar com a situação.

Cometi um deslize, mas…
Posso e vou correr atrás do prejuízo. Acredite, pensar assim é mil vezes melhor do que ficar se punindo. É que, como já falamos, a culpa é como um botão que ativa uma espécie de círculo vicioso. “Frustrada, você acaba procurando a comida como ferramenta de compensação e aumenta o deslize. Ou mais do que isso, fica tentada a desistir de vez do regime, pois chega à conclusão de que já prejudicou o processo de emagrecimento, mesmo”, diz Maura de albanesi, psicóloga e especialista em Neurolinguística (Sp). tudo é reversível, tá? Se comeu uma fatia de torta a mais, estique o tempo de prática da esteira, por exemplo. Ou então diminua a porção que vai comer na próxima refeição. De pouquinho em pouquinho, você salda a dívida com sua dieta e coloca tudo nos eixos novamente. Até mesmo suas curvas.

Muita gente faz da culpa uma justificativa para ir mais a fundo nos exageros com pensamentos do tipo: “já estraguei tudo mesmo”. Não caia nessa!

Dê um up na autoestima
Para enfrentar as tentações – e aceitar as escapadelas – é essencial também que você se sinta bem com o seu corpo. Você pode até perder essa noção, vez ou outra, mas a verdade é a seguinte: ainda que busquemos melhoras, todas nós temos características pessoais dignas de orgulho. Então, trate de se sentir bonita! “olhe-se no espelho e observe sua imagem. Com certeza vai encontrar uma parte do seu corpo que admira. Por isso, explore o que você tem de melhor”, aconselha Sidney Chioro. Tem um colo impecável? Aposte no decote! As pernas estão poderosas? Deixe-as de fora! Quem só vê os defeitos fica sem forças para contornar as adversidades e ir atrás do que deseja. Portanto, já sabe: otimismo já!

Prazeres permitidos
Liberar alguns deleites, de vez em quando, é necessário para que o projeto corpo enxuto não vire uma tortura. “O segredo é não exagerar na quantidade e na frequência com que você coloca os alimentos calóricos na sua vida”, ensina Beatriz Botéquio de Moraes, nutricionista da Equilibrium consultoria em Saúde e Nutrição (Sp). Foi à academia todos os dias da semana? Que tal se parabenizar saboreando um brigadeiro, mordida por mordida? “E se não resistiu à tentação e comeu mais que um docinho, nada de remorso”, alerta Beatriz Moraes. Mas pense bem antes de sair por aí movida pela gula. afinal, recuperar-se de um deslize é até simples, mas de um atrás do outro, fica bem mais difícil…

Argumentos poderosos!
Já experimentou o delicioso sabor de vitória de ir a uma festa e conseguir recusar uma taça de champanhe? parece que sua autoestima ganha mil pontos, não é mesmo? “para não ceder às tentações é preciso lembrar por que você quer emagrecer. podem ser razões como voltar a usar o vestido que você adora e há tempos está apertado, chamar a atenção daquele gato… tendo essas coisas em mente, com clareza, você se sente mais forte e motivada”, explica Maura de Albanesi. A gente tem certeza de que, ficar em paz com seu corpo, é uma justificativa da melhor qualidade. Isso sem contar a alegria de vestir um modelo justinho, sem receio, e receber um elogio do parceiro ou pedir à atendente da loja um número menor porque a saia que você levou ao provador ficou larga demais…

Culpada ou inocente?
Algumas escapadinhas não são tão ruins e não devem virar motivo de chateação. Outras, um pouco mais graves, merecem atenção especial, para que não se repitam e acabem levando seu plano de dieta ao fracasso. Na dúvida se o seu deslize pode ou não ser absolvido? A gente dá o veredicto…

Se não resistiu à tentação e comeu aquele biscoito recheado crocante
“Os lanches são importantíssimos, porque diminuem o risco de chegar louca de fome ao almoço ou jantar, além de manter o metabolismo ativo”, explica Beatriz de Moraes. Quando sentir aquela vontade desesperada por uma guloseima, esse é o melhor momento. A flexibilidade evita que a vontade de comer algo fora do cardápio se torne uma tortura, o que coloca o plano de emagrecimento em risco. Mas atenção: reserve, no máximo, 10% das calorias diárias para esse pecadinho. E vá com calma: cometa esse deslize às vezes. O melhor é incorporar à sua rotina lanchinhos saudáveis, como frutas, castanhas e iogurtes, ok?

Se para acelerar a perda de peso decidiu ir para a cama sem jantar
O corpo também queima calorias durante o sono e, portanto, precisa de nutrientes para manter suas funções vitais no período noturno. Sem alimento, o gasto energético basal (aquele que ocorre mesmo quando você está parada) fica comprometido. Resultado: acostumado à baixa ingestão alimentar à noite, o organismo preserva a gordura como combustível, dificultando o emagrecimento. “E você ainda corre o risco de descontar a abstinência, horas depois, exagerando em alimentos mais calóricos e nem sempre nutritivos”, alerta Roseli Rossi, nutricionista (SP). Então, já sabe, nada de deitar de barriga vazia. É só pegar leve no menu.

Se brigou com o namorado e afogou a carência em uma barra de chocolate
Afinal, isso não vai resolver seu problema. “Quando sentir necessidade de recorrer ao chocolate, mesmo que seja como fonte de prazer, escolha um bombom pequeno. E em vez de mastigá-lo, deixe que derreta lentamente na boca, para saborear de verdade”, aconselha Roseli Rossi. Mas voltando à origem do problema: a delícia pode até disfarçar seu descontentamento com o gato por um tempinho, mas depois voltará a incomodar. E para não ter de devorar outro doce, melhor agir direto na fonte: converse com ele e esclareça tudo.

Se para secar até o fim de semana você foi para a academia sem comer nada
É preciso alimentar-se antes de malhar. Quando você treina de barriga vazia, queima músculos e poupa gordura. Não é esse seu objetivo, certo? Por isso, coma uma fatia de pão integral com queijo ou uma fruta, alimentos que oferecem energia rápida. Assim, você também garante disposição para uma aula mais puxada e caprichada.

Se sentiu uma fome danada durante a tarde e devorou um pacote inteiro de biscoito light
O termo “light” se aplica aos alimentos que contêm menor quantidade de gordura ou calorias que a sua versão normal, por exemplo: a maionese light engorda menos que a maionese comum. Mas isso não quer dizer que ela não seja calórica. Por isso, esses alimentos também devem ser consumidos com moderação. Vá com calma e atente-se às informações contidas nos rótulos, para não fugir da sua cota diária de calorias.

Se comeu um sanduíche de atum no jantar
“Muitas pessoas pensam que comer carboidratos como pão, arroz ou batata após as 18 horas é proibido. Não é bem assim. Durante a noite o metabolismo realmente apresenta menor atividade, mas o corpo continua funcionando até quando você dorme. Não há diferença se você consumir carboidrato de dia ou de noite, desde que ele esteja em quantidade adequada ao longo do dia”, ensina Beatriz de Moraes. Por isso, como o seu sanduíche tem baixo valor calórico, você está absolvida. Só tome cuidado para não errar a mão nos acompanhamentos engordativos, como molhos, por exemplo.

Fonte: Revista Corpo a Corpo

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